Enviado por: Jairo de Lima Alves
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Composição: Jairo de Lima Alves
Há muitos anos, no lugar em que eu nasci
todo mundo por ali tinha um pedaço de terra.
Era bonito ver o povo trabalhando, bravamente
ia lutando, como se faz numa guerra.
No fim do ano, terminando a colheita
separava o da despesa, o resto meu pai vendia.
Com o dinheiro me dava um sapato novo,
um vestido pra mamãe e uma boneca pra Maria
Assim a gente levava a vida feliz, trabalhava
o ano inteiro, nem via o tempo passar:
felicidade que logo foi destruída,
a fortuna de um ricaço chegou prá atrapalhar.
Num certo dia, a proposta do fazendeiro,
com uma mala de dinheiro, comprou toda a região
mandando embora o lavrador que plantava,
transformou nossa riqueza naquele vasto sertão.
Passou o tempo que levou minha infância.
Eu guardo só na lembrança as coisas que lá deixei.
Na esperança de rever tudo de novo:
minha terra e o meu povo, para lá eu viajei.
Me aproximando, procurei olhar de perto,
vi apenas um deserto, tristeza prá todo lado.
Na região só existia uma casinha onde mora
o boiadeiro, que toma conta do gado.
Eu perguntei aonde estão nossos vizinhos,
deixei quando era pequeninho, ele não soube explicar.
Então eu entendi, que há muito tempo se foram
ficando na solidão o meu querido lugar.
Quando olhei pra minha velha moradia
ela já não existia, comecei logo a chorar.
Pois no terreiro que eu brincava de carrinho
Eu só vi grama e capim e o gado a pastar . . .
todo mundo por ali tinha um pedaço de terra.
Era bonito ver o povo trabalhando, bravamente
ia lutando, como se faz numa guerra.
No fim do ano, terminando a colheita
separava o da despesa, o resto meu pai vendia.
Com o dinheiro me dava um sapato novo,
um vestido pra mamãe e uma boneca pra Maria
Assim a gente levava a vida feliz, trabalhava
o ano inteiro, nem via o tempo passar:
felicidade que logo foi destruída,
a fortuna de um ricaço chegou prá atrapalhar.
Num certo dia, a proposta do fazendeiro,
com uma mala de dinheiro, comprou toda a região
mandando embora o lavrador que plantava,
transformou nossa riqueza naquele vasto sertão.
Passou o tempo que levou minha infância.
Eu guardo só na lembrança as coisas que lá deixei.
Na esperança de rever tudo de novo:
minha terra e o meu povo, para lá eu viajei.
Me aproximando, procurei olhar de perto,
vi apenas um deserto, tristeza prá todo lado.
Na região só existia uma casinha onde mora
o boiadeiro, que toma conta do gado.
Eu perguntei aonde estão nossos vizinhos,
deixei quando era pequeninho, ele não soube explicar.
Então eu entendi, que há muito tempo se foram
ficando na solidão o meu querido lugar.
Quando olhei pra minha velha moradia
ela já não existia, comecei logo a chorar.
Pois no terreiro que eu brincava de carrinho
Eu só vi grama e capim e o gado a pastar . . .
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