UMA VOZ NA NOITE


Enviado por: Jairo de Lima Alves
Site Oficial:  - www.recantodoescritor.com.br
E-mail: tribunadopovo@hotmail.com
Telefone:  0**(67)3474-3151





Composição: Jairo de Lima Alves



Como um andarilho no mundo a vagar,
Em segredo vou seguindo sem parar...
Na noite escura uma voz me chama.
Uma voz desconhecida, quem seria?
Esta voz que sussurra, nem imaginaria,
é de alguém confessando que me ama.

Voz que me pede amor,
Voz que me pede perdão,
Voz de quem sabe o que quer,
Voz de mulher tentação...

Vou parar de andar pelo mundo...
Deixarei de ser um vagabundo,
Assim, vou mudar meu destino.
Essa voz não me seguirá jamais,
Nem que eu sofra golpes fatais...
Cessará todo o meu desatino.

Voz deixará de chamar,
Voz que ficará sempre muda...
Voz que vai me deixar,
Voz de mulher que ajuda...

SERTÃO DO TREMEMBÉ



Enviado por: Odair Manzano
Site Oficial:  -www.difusorasantacruz.com.br
E-mail: odairmanzanoshow@hotmail.com
Telefone: 
(14) 8149 - 0233  



 Composição: Odair Manzano

Um rancho de pau à pique / cobertura de sapé
Com rebóque nas paredes / sem fôrro nem rodapé
O piso de chão batido / e um fogão com chaminé
Falo com satisfação / que essa é minha mansão
No Sertão do Tremembé

Minha fiel companheira / sempre me faz cafuné
Levanta um pouco mais cedo / e me prepara um bom café
Ela é feliz comigo / pois tem tudo o que ela quer
Vivo com muita emoção / aqui na minha mansão
No Sertão do Tremembé

Tenho um tratorzinho antigo / e um caminhão Chevrolet
Já formei meu cafezal / com quase cinco mil pés
Dezoito vacas leiteiras / e um cavalo pangaré
Na invernada a criação / e eu na minha mansão
No Sertão do Tremembé

Depois de entregar o leite / passo no bar do Zezé
Por ser o último góle / tomo uma dóse de mé
Chego em casa, almoço e desço / na beira do Itataré
Pégo peixes de montão / volto logo prá mansão
No Sertão do Tremembé

Eu amo a natureza / todos sabem como é
Más mando chumbo de encontro / aos ataques do pinhé
É um gaviãozinho do porte / de um galinho galizé
Más não tem vêz nem ação / aqui na minha mansão
No Sertão do Tremembé

Dizem que contra a inveja / tem arruda e tem guiné
E contra o ôlho gordo / tem patas de jacaré
Más só acredito em DEUS / é Nêle que tenho fé
Meu altar de oração / é aqui na minha mansão
No Sertão do Tremembé.

UMA CRISE EM NOSSO AMOR



Enviado por: Odair Manzano
Site Oficial:  -www.difusorasantacruz.com.br
E-mail: odairmanzanoshow@hotmail.com
Telefone: 
(14) 8149 - 0233  



 Composição: Odair Manzano


Por falta de amor eu sofria e sozinho seguia
uma estrada comprida
Até que alguém encontrei então realizei
um sonho em minha vida
O tempo assim foi transcorrendo e eu fui esquecendo
que era feliz
E ao cometer um deslize no amor uma crise
me fêz infeliz

Meu bem tomou conhecimento e um grande tormento
invadiu sua alma
Fêz a sua mala e saiu foi assim que agiu
pra não perder a calma
Sentindo um remorsso profundo sózinho no mundo
me ví outra vêz
Más prá minha felicidade a dor da saudade
durou só um mês

Prá ser perdoado por ela acendí um vela
e fiz oração
Más ela que tanto me amava também esperava
pelo meu perdão
e ao trazer ela de volta fui fechando a porta
prô mundo lá fora
Jamais vou sofrer amargura por uma aventura
só de meia hora

Depois dessa crise no amor aprendi dar valor
à fiel companheira
Se existe um desentendimento é só por um momento
é coisa passageira
E na volúpia do desejo trocamos um beijo
estamos conversados
Nosso amor é alegria e páz juro que nunca mais
faço algo errado.


ANTIGA MORADIA


Enviado por: Jairo de Lima Alves
Site Oficial:  - www.recantodoescritor.com.br
E-mail: tribunadopovo@hotmail.com
Telefone:  0**(67)3474-3151





Composição: Jairo de Lima Alves

Há muitos anos, no lugar em que eu nasci
todo mundo por ali tinha um pedaço de terra.
Era bonito ver o povo trabalhando, bravamente
ia lutando, como se faz numa guerra.

No fim do ano, terminando a colheita
separava o da despesa, o resto meu pai vendia.
Com o dinheiro me dava um sapato novo,
um vestido pra mamãe e uma boneca pra Maria

Assim a gente levava a vida feliz, trabalhava
o ano inteiro, nem via o tempo passar:
felicidade que logo foi destruída,
a fortuna de um ricaço chegou prá atrapalhar.

Num certo dia, a proposta do fazendeiro,
com uma mala de dinheiro, comprou toda a região
mandando embora o lavrador que plantava,
transformou nossa riqueza naquele vasto sertão.

Passou o tempo que levou minha infância.
Eu guardo só na lembrança as coisas que lá deixei.
Na esperança de rever tudo de novo:
minha terra e o meu povo, para lá eu viajei.

Me aproximando, procurei olhar de perto,
vi apenas um deserto, tristeza prá todo lado.
Na região só existia uma casinha onde mora
o boiadeiro, que toma conta do gado.

Eu perguntei aonde estão nossos vizinhos,
deixei quando era pequeninho, ele não soube explicar.
Então eu entendi, que há muito tempo se foram
ficando na solidão o meu querido lugar.

Quando olhei pra minha velha moradia
ela já não existia, comecei logo a chorar.
Pois no terreiro que eu brincava de carrinho
Eu só vi grama e capim e o gado a pastar . . .

NA BAIXADA DO RIACHO


Enviado por: Jairo de Lima Alves
Site Oficial:  - www.recantodoescritor.com.br
E-mail: tribunadopovo@hotmail.com
Telefone:  0**(67)3474-3151





Composição: Jairo de Lima Alves

Viajando, encontrei um casebre abandonado,
A lembrança do passado que me fez suspirar.
Naquele lugar, morava um homem sozinho,
A mulher e um filhinho... agora vou explicar:

Naquele casebre pobre o homem triste vivia.
Felicidade queria, mas deus mudou sua sorte
Ele conta com tristeza tudo o que lhe aconteceu
Perdeu tudo que era seu, agora zomba da morte.

Uma enchente medonha tirou-lhe a paz que tinha
Num domingo à tardinha todo o casebre inundou.
O filhinho que dormia pelas águas foi levado,
A mãe ficou de seu lado e no rio se afogou.

Hoje na beira da estrada o casebre ainda existe
O lugar ficou tão triste, só resta a recordação...
Zé alves chora a saudade, mulher e filho perdeu
Sua voz emudeceu, vivendo lá no sertão...

Não tem vizinho por perto, o homem vive tão só
Em sua garganta um nó, no peito a nostalgia.
Na baixada do riacho, o casebre marca a história
De um homem sem glória numa triste moradia.

CONVERSA DE AMIGO


Enviado por: Jairo de Lima Alves
Site Oficial:  - www.recantodoescritor.com.br
E-mail: tribunadopovo@hotmail.com
Telefone:  0**(67)3474-3151





Composição: Jairo de Lima Alves



Amigo, tua mulher ta ferida, 
ela está muito sentida, 
você precisa saber...
estive em tua casa 
e sua mulher em brasa  
agora vou te dizer.


Amigo, precisamos conversar, 
eu preciso te falar 
o que está acontecendo...
Amigo, eu cheguei em tua casa,
 tua mulher tava em brasa 
de amor quase morrendo


Ela se queixa bastante, 
diz que não quer ter amante
mas tem vontade de amar
eu cheguei em tua casa, 
o coração dela em brasa
 logo me chamou pra entrar


Você vai de bar em bar, 
ou então sai pra pescar...
e ela morre de desejo...
tua mulher fica em casa 
com o coração em brasa 
ela quer carícia e beijo.


Ela me chamou pra cama 
o seu coração em chama, 
começou a me beijar...
confesso a você, amigo 
ela fez amor comigo
agora vim te contar.

ESTILOS SERTANEJOS



Enviado por: Jairo de Lima Alves
Site Oficial:  - www.recantodoescritor.com.br
E-mail: tribunadopovo@hotmail.com
Telefone:  0**(67)3474-3151




 Composição: Jairo de Lima Alves


Nosso rincão brasileiro tem belezas naturais
As mulheres bonitas desfilam nas passarelas
é destaque nos esportes e também nos minerais
Belas canções eruditas e existem as singelas...
Falo de tudo um pouco e do sertão muito mais
Da música sertaneja, aquelas verde-amarelas.


Cresci no meio do mato ouvindo moda de viola,
Aprendi o cateretê, nas lavouras de café
O pagode e o cururu estão em minha cachola
Cana verde é prá dançar todos sabem como é...
Rasqueado e vanerão todo mundo rebola
Ao som da viola e sanfona o gostoso arrasta-pé.


O xote é do rio grande, a toada faz chorar
O catira é divertido, a dança tradicional
O baião é lá do norte, nem é preciso falar
A rancheira nos bailões, alegria era geral
O recortado mineiro, ninguém fica sem cantar
Tango e marcha na festança, alegrando o pessoal.


O sambinha caipira é alegria da moçada
Canção rancheira machuca o coração magoado
A canção do seresteiro vai até a madrugada
O repente nordestino é um som bem ordenado
A viola é um símbolo para a nossa terra amada
Os estilos sertanejos revivem bem o passado.


CAMINHONEIRO, HERÓI DA ESTRADA



Enviado por: Jairo de Lima Alves
Site Oficial:  - www.recantodoescritor.com.br
E-mail: tribunadopovo@hotmail.com
Telefone:  0**(67)3474-3151




 Composição: Jairo de Lima Alves


Sai mundo afora na boléia a suspirar
As distâncias não limitam sua vida;
Cargas pesadas, muito lento, na subida
Leva a saudade de sua mulher querida.
Mas não lamenta, seu destino é viajar.

Ouvindo os sons dos acordes da viola,
Segue feliz, o herói caminhoneiro.
No toca-fitas Sula e Tião Carreiro.
Sabe que longe ficou o seu companheiro.
Do filho ausente ele lembra, canta e chora.

Altivo e forte, anda por todo o País.
Vai o caminhoneiro cumprindo sua missão.
Lembra do lar, soluçando de emoção;
E na cabine do bruto, seu caminhão...
De regresso, ele espera ser feliz.

Está de volta, após longa jornada
Fez aventuras: andou, gozou e sofreu;
Volta prá casa trazendo o dinheiro seu.
Abraça a esposa e os filhos que Deus lhe deu
O caminhoneiro é o grande herói da estrada.

TRISTE REALIDADE



Enviado por: Valdecir Estevam dos Santos
Site Oficial:  -
E-mail: sd.coracao@bol.com.br
Telefone: 
(32) 8415 - 6731 




 Composição: Valdecir e Adilley Antonio Carlos e Zé Olavo

(Falado)
A anos aconteceu um fato asustador perdí meu pai e um irmão em acidente arazador, foram esconder se da chuva e amorte os encontrou, foi um fato muito triste que a minha vida marcou, eu só tinha oito anos o meu Deus como eu sofrí, ver meu pai e meu irmão do triste jeito que ví, com os seus corpos quebrados eu quase não resistí, só sei que sofri demais o meu Deus como sofrí, os anos foram passando e aos poucos eu entendí, que só ganha a vida eterna quem não vive mais aquí, hoje sou um cristão e digo a todos os meus, meu pai e meu irmão querido estão vivendo com Deus.

A anos sinto na pele/ um fato que aconteceu/ meu pai estava trabalhando/cumprindo o destino seu/ dirrepente mudou o tempo/ e uma chuva apareceu/ debaixo de uma pedra/ com um dos filhos se escondeu.

Com a chuva e o vento forte/ a pedra se deslocou/ foi uma grande trgédia que esta pedra calsou/ feriu o meu pai de morte/ e o meu irmão machucou/ mais poucas horas depois esta vida ele deixou.

Imagina meus amigos/ no momento em que ví/ meu pai morto alí no chão/ como foi que me sentí/ foi um grande desespero/ ao ver meu irmão sofrer/ fisemos o que podia/ pra não deixar ele morrer.

Ao ver minha mãe chorando/ disse Deus o que vai ser/ meu pai meu irmão morreram/ não deixe mamãe sofrer/ abracei minha mãezinha/ e disse mamãe não chora/ Deus os Levou para o Céu/ mais me deixou com a senhora.

VELHO TIMONEIRO


Enviado por: Ademar Braga
Site Oficial: myspace.com/ademarbraga
E-mail: ademarbraga@uol.com.br 
Telefone: 
(11) 5594 - 0482 

  



Composição: Ademar Braga/Dino Franco

A nossa vida é um barco / Carregado se esperança
Que projetamos um dia / La no começo da infancia
O ribeirão do destino / Ele tem que atravessar
Tempestades e tormentas / Correntesas violentas
Pra traz não pode voltar

La no porto da ilusão / Ele parte carregado
A incerteza da chegada / È o fardo mais pesado
Marcas do primeiro amor / Fazem parte da bagagem
Mas o barco da esperança / Espera encontrar bonança
Em toda a sua viagem

A velhice quando chega / Aparecem os defeitos
O barco vai derivando / Não nevega mais direito
Tem alguns que perdem o rumo / E acabam naufragando
Com o peso do passado / Vai ficando mais pesado
È o fim da viagem chegando

O despreso e a saudade / são bagagens doloridas
Sem contar os desenganos / de paixões mal resolvidas
Esse barco è minha vida / E ja não vavega mais
O seu "Velho Timoneiro"/ Carregado de Janeiros
Chegou no ultimo cais....

TENHO UM SÓ CORAÇÃO




Enviado por: Balbino Nardes
E-mail: balbinonardes@hotmail.com
Telefone: 
(47) 9901 - 2727




Composição: Balbino Nardes

EU TENHO UM CORAÇÃO DENTRO DO PEITO
QUE FAZ DUM DUM DUM DUM
EU TENHO UM CORAÇÃO DENTRO DO PEITO
QUE PENA QUE TENHO SÓ UM

QUANDO A GENTE AMA
ELE BATE DISPARADO
QUANDO A GENTE BRIGA
ELE BATE E FAZ SOFRER
SE A SAUDADE APERTA
ELE BATE MAIS SOFRIDO
SE ESTOU LONGE
ELE BATE POR VOCÊ

CORAÇÃO QUE AMA
CORAÇÃO QUE SÓFRE
CORAÇÃO PADECE
CORAÇÃO NÃO ESQUECE
CORAÇÃO CHONADO DESILUDIDO
CORAÇÃO QUE AMA
CORAÇÃO BANDIDO
            

CABELOS BRANCOS



Enviado por: Batista dos Santos
Site Oficial: http://www.batistadossantos.com/
E-mail: batistadossantos@uol.com.br
Telefone:  (11) 4023 - 0339





Composição: Batista dos Santos

Eu já fui peão nos tempos mais antigos
Quando se montava só por diversão
Vinha pra Barretos junto com os amigos
Tocando boiada pelo estradão
Entregava o gado e ganhava alforria
E passava o dia aqui descansando
Ao redor do pouso a gente se reunia
Cada um mostrava a sua valentia
Ao passar do tempo no pasto domando

Assim começou a Festa do Peão
Que hoje é um modelo internacional
Dando orgulho e glória a esta geração
Que agüenta os trancos de um animal
Conheci o Anibal o primeiro campeão
O Anésio Teixeira tirou sua taça
Depois Luiz Gonzaga foi grande peão
Mas do universo desta profissão
Surgiu Zé Ribeiro enobrecendo a raça

Alaor de Ávila um grande festeiro
O Beto Junqueira foi juiz no recinto
Arthur Vaz de Almeida zeloso Rancheiro
Tropeiro de Franca era o Ismar Jacinto
Antonio Renato um dos presidentes
Unindo o ideal de sérios integrantes
Assim vi nascer o Grupo Independentes
Filhos de Barretos sempre competentes
Fizeram da festa um evento importante

Dois dias de glórias deixavam saudade
Dança de catira e a roda de violeiro
Desfile de carros de bois na cidade
E a queima do alho no estilo estradeiro
A festa moderna brilha feito chama
Virou um tributo que orgulha o peão
Quando chega agosto a cidade proclama
O povo Barretense ostenta a sua fama
Na festa que honra a nossa tradição

Meus cabelos brancos escondem agora
Os tempos de glórias que eu aqui passei
Sou um precursor que o povo ignora
Meu nome na história aqui também deixei
Hoje pouco enxergo lá dentro da arena
E só vim aqui por força de vontade
Recordando os tempos que eu entrava em cena
Eu sinto o meu peito suspirar de pena
E os meus olhos turvos choram de saudade

Beleza do Sertão

Composição: Black Cavalcanti

Como é bonito no sertão raiar o dia
ver o sol aparecendo por de tráz
das serranias
beijando quente a campina verdejante
ver o raio refletindo como pedras de
brilhantes

não,não ,não há seu moço
não há ,nem pode haver
não há beleza maior
ver o sertão amanhecer

no meu sertão tudo é tão belo
e natural
despertar da passarada
num súblime festival
a lua brilha dando a noite
o encantamento
parecendo uma medalha
no peito do firmamento

não,não ,não há seu moço
não há ,nem pode haver
não há beleza maior
ver o sertão amanhecer

não,não ,não há seu moço
não há ,nem pode haver
não há beleza maior
ver o sertão amanhecer